Ignição
por descarga capacitiva - vantagens
- Faísca muito energética, em qualquer regime de funcionamento
do motor. A quantidade de energia presente em uma faísca que ocorre
a 1 rpm é exatamente a mesma que ocorre a 10.000 rpm. A única
limitação será dada pelas características
da fonte de tensão do circuito de descarga capacitiva.
- Insensibilidade às resistências parasitas, que se formam
em paralelo ao circuito secundário da ignição, como
consequência da umidade, depósitos de carbono na vela de
ignição, deficiência no isolamento dos cabos de alta
tensão, etc., e esta insensibilidade vem da rapidez com que ocorre
a faísca. Quando o tempo de ocorrência da faísca é
muito longo, como no caso dos sistemas de ignição indutivos,
uma grande parcela da energia de ignição deriva-se através
da resistência parasita e, em casos extremos, as perdas podem ser
tão grandes que a possibilidade de ignição da mistura
desaparece por completo. Nos sistemas capacitivos, o crescimento da tensão
da faísca é tão rápido que somente uma pequena
parcela da energia deriva-se pela resistência parasita. A energia
da faísca se conserva até nas condições mais
desfavoráveis .
- Baixo consumo de energia elétrica em baixos regimes de rotação
do motor, com a consequente proteção da bateria. O consumo
elétrico de um sistema de ignição por descarga capacitiva
depende quase que exclusivamente do regime de giros do motor. Com o motor
parado, ao ligar a chave de ignição, a fonte interna do
circuito de ignição atua até a carga completa do
capacitor, e uma vez carregado deixa de consumir corrente da bateria,
voltando a faze-lo apenas para prover a queda de tensão do capacitor
ou quando o motor entrar em funcionamento. Em comparação,
nas mesmas condições, um sistema com platinado pode apresentar
um consumo de até 10 Ampères caso seus contatos estejam
fechados e o motor parado. Mesmo alguns sistemas de ignição
transistorizados podem apresentar este inconveniente, e neste caso o consumo
pode chegar a ser de até 20 Ampères.
- Alta eficiência energética proporcionada pelo circuito
eletrônico, onde a eficiência na transformação
de energia pode passar de 80%, em contraponto aos 40% encontrado nos melhores
sistemas de ignição indutiva.
- O controle do sistema de ignição por descarga capacitiva
pode ser efetuado por qualquer dispositivo, seja platinado, sensor Hall,
sensor ótico, Pick-up, etc., bastando para tal que disponha de
circuito eletrônico compatível com o sensor.
- Manutenção mínima na instalação do
circuito de ignição, em comparação aos sistemas
de ignição clássicos, manutenção que
pode ser nula caso não prescinda de platinado.
- Diminuição global no consumo de combustível, uma
vez que o sistema de ignição não mais apresentará
desajustes frequentes, caso utilize platinados.
- Como não mais existirá desgaste nos contatos do platinado,
sua vida útil dependerá exclusivamente da qualidade das
suas demais partes, em especial a placa de levante dos contatos, que poderá
apresentar desgaste após alguns anos de uso.
- Mesmo quando comparado a um sistema de ignição com controle
eletrônico, a queda no consumo será sensível, já
que a uniformidade na potência da faísca, em todos os regimes
de giro do motor, implicam em melhor combustão, maior rendimento
energético do motor e menor emissão de poluentes.
- Aumento substancial da vida útil das velas de ignição.
A prática tem demonstrado que as velas de ignição
passam a ter uma vida útil que supera ao dobro da encontrada nos
casos em que a ignição é por processo indutivo, já
que existe uma diminuição na quantidade de resíduos
provenientes da queima do combustível. A diminuição
destes resíduos também melhora as condições
gerais da câmara de combustão.
- Mesmo considerando um combustível de baixa qualidade ou misturado
à solventes, existe um aumento na probabilidade de queima completa,
e consequente melhora no desempenho do motor, devido a maior quantidade
de energia na faísca de ignição.
|